terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Que mistério tem Clarice, pra guardar-se assim tão firme no coração?


Clarice amava e seu amor era uma saudade que transbordava. Um eterno fim de verão. Em Clarice chovia garoa fina. E Clarice ilha que era, era silêncio e saudade. A vida toda vazio castigado dos crimes de amor não cometidos. Acordava Clarice os olhos umidos. Clarice caminhava exilada do mundo, esquecida da cidade, sempre coberta, sempre tão fechada.
Um dia Clarice viu ternura em olhos alheios, mas estavam alheios a ela os olhos lindos. Ela é que se iludiu, confundiu-se, ofuscou-se. E Clarice agora sabendo disso, do amor desperdiçado, ainda amava. Do mesmo jeito, talvez até mais, um amor devoto, amava inteira, os cabelos de Clarice, os seus pêlos, a pele, amavam.
Clarice tinha sonhos igual a todas as outras, Clarice sonhava dias de sol, verões e calor, Clarice ia dormir se despedindo do próprio quarto, talvez sonhasse para sempre, e acordar para dizer "bom dia" para as paredes? Dormir era melhor e sonhar com pontes e montes, com mares e rios, com abraços doces. Com a luz reflexo no lago.
Mas sempre ela acordava e Clarice era uma só, despedaçada e espalhada pelos cantos do mundo em que queria estar, juntar-se levava tempo. E sempre ainda, chovia garoa fina sobre os olhos.
Clarice era morena como as manhãs são morenas, era pequena no jeito de não ser quase ninguém. A não ser porque o amor que guiava, cego e gigante, tropeçava em sua vida e ocupava todos os espaços. Bagunçava a bagagem, borrava a maquiagem, era tatuagem invisivel.
Mas Clarice às vezes era esperança, jogava garrafas ao mar.Acendia fogueiras, fazia sinais de fumaça, sorria invisivel na esperança de receber de volta os sinais. E recebia eufórica pedaços de vidro das garrafas devolvidas, mensagens cortantes, cinzas do fogo que existiu em algum lugar e olhares, graças a Deus, olhares de quem percebeu o sorriso. E viveu assim toda a vida, como uma metáfora.

Noção de Nada - Pequeno Conto de Clarice.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A marca

O vício é a marca de toda história de amor baseada na obsessão. Tudo começa quando o objeto de sua adoração lhe dá uma dose generosa, alucinante de algo que você nunca ousou admitir que queria - um explosivo coquetel emocional, talvez, feito de amor estrondoso e louca excitação. Logo você começa a precisar dessa atenção intensa com a obsessão faminta de qualquer viciado. Quando a droga é retirada, você imediatamente adoece, louco e em crise de abstinência (sem falar no ressentimento para com o traficante que incentivou você a adquirir seu vício, mas que agora se recusa a descolar o bagulho bom - apesar de você saber que ele tem algum escondido em algum lugar, caramba, porque ele antes lhe dava de graça). O estágio seguinte é você esquelética e tremendo em um canto, sabendo apenas que venderia sua alma ou roubaria seus vizinhos só para ter aquela coisa mais uma vez que fosse.

Enquanto isso, o objeto da sua adoração agora sente repulsa por você. Ele olha para você como se você fosse alguém que ele nunca viu antes, muito menos alguém que um dia amou com grande paixão. A ironia é que você não pode culpá-lo. Quero dizer, olhe bem para você. Você está um caco, irreconhecível até mesmo aos seus próprios olhos. Então é isso. Você agora chegou ao ponto final da obsessão amorosa – a completa e implacável desvalorização de si mesma.

O fato de eu ser capaz de escrever calmamente sobre isso hoje é uma grande prova dos poderes de cura do tempo, porque não encarei os fatos muito bem quando estavam acontecendo mas tudo se supera.



Comer, Rezar, Amar - Elizabeth Gilbert.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

E se conselho fosse bom...

E se conselho fosse bom a gente não dava, não vendia, simplesmente guardava pra si ,porque com certeza uma hora iriamos precisar dele.
Eu sou muito cabeça dura, mas sou como todo mundo, adoro escutar um conselho no qual nunca vou seguir. Eu preciso seguir em frente, andar com as minha próprias pernas, cair de cara no chão, ficar lá estirada, vendo o mundo passar, até conseguir tirar a minha própria conclusão.
Às vezes eu queria que as coisas fossem mais fáceis, mas sou sempre eu que complico! E complico tanto que até eu me perco nas minhas complicações.
De uns tempos pra cá estou tentando fazer diferente, agir de outra forma, procurando até mesmo um outro caminho para me encontrar, mas não adianta, essa forma, esse caminho sempre acaba sendo o mesmo porque esses já fazem parte da minha essência!
Eu sou assim, mudar? Talvez, o mundo vive de mudanças, mas e se essa mudança me fizer descobrir que eu já nem sei mais quem eu sou, porque pelo menos quando eu me perco, tenho a sensação de que um dia vou me encontrar, mas e se eu agir da forma certa, pelo caminho certo? E se eu realmente me encontrar? Será que o medo de me perder de novo vai me deixar seguir em frente?

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Diga-me com quem tu andas, que te direi quem tu és!


Filho de peixe, peixinho é, até porque com quem ferro fere, com ferro será ferido e é bem melhor ter um passarinho na mão do que dois voando. Mas o que o leite tem a ver com a vaca?

A vaca foi pro brejo e Deus ajuda quem cedo madruga, falando em acordar cedo, não troque seu sonho, mude padaria e lembre-se de que em terra de cego quem tem um olho é rei e quem não tem cão caça com gato.

Dinheiro na mão é vendaval, queria ser pobre um dia na vida, pois todo dia fica dificil, o dinheiro não traz felicidade mas encomenda e se correr o bicho pegar e se ficar o bicho come, aliás estou com fome.

Com está fome, estou comendo o pão que o diabo amassou, amigos, amigos, negócios a parte e nesse ritmo só a Nossa Senhora da bicicletinha para me dar equilibrio, por isso sempre digo é melhor só do que mal acompanhado!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Eu quero ter uma experiência duradoura de Deus.


Algumas vezes eu sinto que entendo a divindade de Deus, mas depois deixo de entender porque me distraio com meus medos e desejos mesquinhos. Quero estar com Deus o tempo todo. Mas não quero ser nenhuma monja, nem abrir mão por completo dos prazeres mundanos. Acho que o que eu quero é aprender a viver neste mundo e desfrutar seus prazeres, mas também me dedicar a Deus. Ketut disse que podia responder a minha pergunta com uma imagem. Mostrou-me um esboço que havia desenhado certa vez durante a meditação. Era uma figura humana andrógina, de pé, com as mãos unidas em prece. Mas essa figura tinha quatro pernas e não tinha cabeça. Onde deveria estar a cabeça, havia apenas um tufo selvagem de samambaias e flores. Em cima do coração estava desenhado um pequeno rosto sorridente.

-Para encontrar o equilibrio que você busca - disse Ketut - é nisso que você tem de se tranformar. Precisa manter os pés plantados com tanta firmeza na terra que é como se tivesse quatro pernas, em vez de duas. Assim, você consegue permanecer no mundo. Mas você tem de parar de ver o mundo através da sua cabeça. Em vez disso, precisa olhar pelo coração. Assim você vai conhecer Deus.


Comer, Rezar, Amar - Elizabeth Gilbert.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

"Eu só aceito a condição de ter você só pra mim eu sei não é assim mas deixa eu fingir e rir...."

É tão dificil de aceitar quando tudo na nossa vida toma rumos que estão além das nossas escolhas.
Ando me sentindo assim, parece que tudo está escorregando entre os meus dedos e nada do que eu tento fazer segura você perto de mim.
Me sinto perdida entre mãos que me deixam escorregar em suas vidas, mas o que eu queria mesmo era ficar presa entre os seus dedos, grudar nas suas mãos, fixar na sua pele, escorregar pelo seu corpo, olhar nos seu olhos e sentir, eu queria era sentir você dentro de mim.
Queria te sentir não de forma vulgar, queria te sentir de forma sublime, leve, simples, queria te sentir como a brisa do vento que toca meus cabelos ou como os raios do sol que tocam o meu corpo ao amanhecer.
Eu queria, ah como eu queria, mas como eu disse tudo está escorrengando entre os meus dedos e as minhas escolhas não dependem dos rumos que a vida leva, minhas vontades não dependem das suas escolhas e a minha vida nunca irá depender de você para continuar.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O que mudou?


Eu me pergunto o que mudou? Que vontade passou? O que ainda está por vir?

Confusões a parte, percebo que o mundo gira sem parar e por mais que a gente tente pará-lo é impossível escapar do tempo.

Ando ansiando por mudanças, internas, externas, espirituais.

Mudo o cabelo, o nome, a roupa, o perfume. Mudo de cor, de jeito, de sentimento, de sabor.

Mudo minhas vontades, meus desejos, mudo pra ver se muda o que é mudo dentro de mim.

Mudo pra ser diferente, pra ver além do que vejo, mudo simplesmente pelo fato de querer mudar.

Como jornais do outro dia, velho, sem novidades, voo pelas ruas da cidade.

Parando em cada esquina, servindo para qualquer utilidade. Mudo de função.

Aqueço o mendigo, viro abrigo, recortes do meu papel servem como enfeites. Mudo de direção conforme o vento. Mudo para o meu lamento, mudo e tenho medo de mudar.

Mudo a saudade que sinto, mudo as lembranças que tenho, mudo porque sou simplesmente humama, e mudo porque simplesmente tenho que mudar.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ela não anda bem da cabeça


Era o que sempre me diziam quando eu saía as 02:00 da manhã para tentar achar os meus pensamentos.

E o que tem demais sair correndo pela paulista gritando para o mundo que eu quero mais é viver?!

Eu quero me livar do tédio, da monotonia, do igual, do conformismo. Quero o diferente, o incorreto,o incerto, não quero saber o certo, nem descobrir o que é normal.

E dái se todos me acham estranha, qual o problema de procurar meus pensamentos? Quero ser eu, alguém, quero sentir, viver, correr riscos, quero a criatividade dentro de mim!

Talvez eu não ande bem da cabeça, mas pra falar a verdade normal são só aqueles que se escondem da realidade e o que eu vivo é real!

terça-feira, 26 de maio de 2009

A violência se faz, a indiferença se faz, o medo prevalece!


"...A violência se faz, a indiferença se faz, a intolerância se faz sem testemunha.Dentro de casa, nas ruas do subúrbio, dentro de casamento e nas delegacias. Não faz mal pensar que não se está só. O grito mudo das filhas do subúrbio penetram nas entranhas do teu ouvido surdo.Não faz mal pensar que não se está só." Dominatrix




Raiva ,nojo, e ódio é o que sinto! Nojo do toque alheio, raiva pela falta de reação e omissão e ódio pela falta de humanidade !

terça-feira, 19 de maio de 2009

Essa Dona Mágoa...


Ela vem toda quieta como se fosse sua amiga, se instala sem pedir permissão e incomoda tanto que você perde a cabeça e grita: - Cai fora sua folgada, você não vê que ninguém quer você aqui? Mas na boa, isso só acaba fudendo mais a situação, porque além de tudo ela é cabeça dura, não liga muito para o que os outros acham dela e continua ali, aborrecendo quem quer que passe pelo seu caminho.


Esses dias eu estava sentada no meu quarto, acho que já era bem tarde porque dava pra escutar o barulho do vento na minha janela, eu estava me sentindo sozinha, reclamando da vida e foi aí que ela apareceu.


Bom, você já deve imaginar que foi o maior quebra pau, eu mandava ela ir embora e ela insistia em ficar, mas depois de tanta discussão eu percebi que a errada de tudo era eu. Ela estava lá no canto dele e por mais folgada que fosse, ela só apareceu porque eu chamei, afinal eu estava me sentindo só, não parava de reclamar! As intenções dela podia não ser das melhores, afinal ela não é muito amigável, mas ela apareceu simplesmente porque eu chamei, porque eu não queria ficar sozinha, queria preencher um pouco do vazio que o meu coração sentia, mas coitada da Dona Mágoa, nesse dia eu percebi que ela é mais triste e sozinha do que eu. Toda essa raiva, tristeza são frutos de uma vida sem fé, sem esperança e por falta de uma coisa que eu preciso todos os dias : amor.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Olfato


Sinto o cheiro da inspiração, ela percorre o meu corpo e me faz exalar a criatividade absurda.


Todos respiram, respiram com uma vontade de percorrer mundos, respiram emoção, loucura, desejo, algumas respiram o medo.


Cada cheiro é diferente, quente, olfato que nos faz ter vontade do tato, paladar, cheiro que nos cega, vontade de gritar.


Vivo a vida para cheirar, cheiro a vitória, a glória, cheiro o doce do amor, o amargo da dor, cheiro a vida que corre em minhas veias.


Cada cheiro é diferente, cheiro que me faz estar presente a onde eu quiser estar.


E agora sinto o cheiro da saudade, da saudade que me mostra o fim, mas que me faz sentir o cheiro de recomeçar.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Qual a maneira certa?



Eu não confio mais em você. Não confio mais nos seus abraços, não confio no seu cheiro, não confio principalmente nos seus beijos. Em nenhuma palavra que você diz, em nenhum sentimento que você sente, em nada que se pareça com você. Não conheço mais o seu olhar, cada trepada que a gente tem é como se fosse apenas para satisfazer os seus desejos, seu tesão. Cadê o carinho? A onde foi parar aquela afobação de olhar para os seus olhos e perceber que é verdadeiro? Parece que todos os dias vivo uma mentira da qual sempre se repete. São planos inacabados, promessas não cumpridas, sonhos destroçados. Eu cansei de fingir que está tudo bem, até porque quem se fode sou eu, quem chora sou eu, quem passa noites sem dormir sou eu. Você não se importa, sempre me cobra coisas que você mesmo não consegue cumprir. Talvez eu deva estar mesmo louca, igual ao que você me chama todos os dias, meus nervos estão a flor dá pele, minha autodestruição deve ser normal, sou eu quem procuro, mas isso está fora de controle. Não aguento mais passar por isso de novo, quero ser alguém normal, com sentimentos normais, com alguém normal do meu lado. Eu não quero mais ser diferente, não quero um modo de amar tão decadente. Procuro a maneira certa de destruir tudo o que você é pra mim, mas os dias sem você me impedem de viver, é como se eu fosse algo podre e nojento tentando achar algum sentido, mas você já não faz mais sentido para mim e agora qual a maneira certa de não ter você?

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Essa Tal Felicidade


"Já rodei todo esse mundo

Procurando encontrar

Essa tal felicidade

Hei de encontrar

Mesmo se eu tiver que aguardar

Se eu tiver que esperar... "



Essa Tal Felicidade - Tim Maia




E assim continuo essa busca pela tal felicidade. Ela pode estar numa manhã de sol quentinho, no aconchego do edredon, no dia chuvoso sentada no sofá comendo pipoca, no canto de um passarinho, no sorriso dos meus amigos, na risada de uma criança, na esperança de dias melhores. Ela pode vir acompanhada da dor não tem problema, eu sou forte, curo a dor num instante, ela pode vir acompanhada da tristeza, eu a faço rir, ela pode vir acompanhada da depressão, eu lhe dou alivio e esperança, ela pode vir acompanhada do medo, eu faço ela se sentir segura. Agora só me falta encontrar, achar, mas eu nunca vou desistir de procurar.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A espera do fim.

Eu me sinto tão pequena em relação ao que eu sinto! Seria tão fácil poder explicar o que você sente se a pessoa pra quem você contasse pudesse sentir também. Eu vivo os meus dias a espera do fim, do fim do silêncio, do abraço, do beijo, das verdades, das mentiras. Vivo a espera do último carinho, do fim do conformismo, da esperança. Mais pensando bem, eu não vivo, eu morro a cada dia, morro por dentro, por fora, de um lado ou de outro. Morro de angústia, morro pela dúvida, morro pela falta de fé, morro pelo abandono, simplesmente morro de sufoco!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O pouco do mais que me faz ser feliz


Eu não quero tudo fácil, nem tudo rápido, não quero tanto amor, nem quero muita dor.

Quero mais um pouco daquilo, um pouco mais disso, quero o pouco do mais que me faz ser feliz.

Acho que a gente se prende muito na quantidade, mas e a qualidade? Eu não quero muitas coisas, quero um pouco de tudo, um pouco do nada, um pouco de você!

Não quero coisas grandes, pode ser um pouco pequenas, um pouco desajeitadas, um pouco escandalosas, um pouco revoltadas, um pouco bonita, um pouco feia, um pouco magra, um pouco alta, um pouco brava.

Quero um pouco do mundo, do carinho, do conforto, um pouco do sentir, um pouco do sabor, um pouco do olhar, um pouco do respirar! Quero um pouco de tato, de calma, de paciência, de
nervosismo.

Eu sou assim quero um pouco de cada, porque o tudo não me satisfaz, eu preciso ter escolhas, ter opções, preciso do pouco da essência, da carência, preciso do chão, preciso do céu, um pouco de inferno, um pouco de caminhos, um pouco de escolhas, um pouco de futuro, um pouco de mim!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Amor de conveniência.

E é assim que a gente vive, escondendo a sujeira pra não ter que fazer um novo começo. Hoje depois de ver e sentir e escutar tanta merda eu cheguei a seguinte conclusão : o amor é que nem uma lojinha de conveniência. O motivo? Muito simples, a gente vive procurando nele coisas duradouras, mas com gosto de novidade, que fiquem com a gente pra sempre, que não se percam, mas o que acabamos encontrando são coisas que servem pra dar satisfação rápida mas que não duram nada, que se perdem no meio do caminho, que muitas vezes não encontramos e nem fazemos questão de encontrar, mas que sempre precisamos de mais e mais.
Ah esse amor de conveniência, a gente tem porque é bonitinho, porque parece fácil, porque não é preciso fazer muita coisa pra fazer alguém feliz, afinal alguém já está feliz pelo fato de ter alguém (não se esqueça que geralmente esse alguém não é você), porque a gente não precisa ficar tentando descobrir o que o outro gosta, afinal a gente (pensa que) sabe o que o outro gosta, pra que perder tempo? Temos ele pela madrugada, quando nos sentimos sozinhos, nos dias de sol, de chuva, temos ele por ter, por se acostumar, porque simplesmente não queremos conhecer coisas novas ou porque já nos acostumamos a não ter novidades...
Agora eu te pergunto, será que é melhor viver um amor de conveniência ou viver um amor de verdade? O que é amor de verdade? É isso que ao longo desse tempo todo estou tentando descobrir e eu preciso encontrar, porque as lojinhas de conveniência uma hora acabam, por falta de produtos, clientes, da localização ruim ou de um mau atendimento e o amor de conveniência é assim, só dura o tempo pra você cansar, desistir e procurar outra lojinha que te "satisfaça" melhor.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Mudanças


Quando tudo muda é dificil explicar o que se sente, de repente mudou, não se sabe porque, aconteceu, simplesmente não é mais a mesma coisa, nada é mais igual.

Faz tempo que não sinto essas mudanças, raramente elas acontecem, o problema é que quando elas surgem não dá pra ignorar, eu não consigo encontrar uma maneira de pará-las, eu simplesmente mudo. Talvez isso aconteça quando a gente percebe que a vida não está tomando o rumo que esperávamos, acho que a questão nem é perceber e sim resolver fazer porque na boa, a gente vive escondendo os fatos e o pior é que nem tem haver com os outros e sim com nós mesmos.

As coisas andam confusas ultimamente, pra falar a verdade elas andam claras até demais, mas confusa é o que me define.

terça-feira, 31 de março de 2009

E a do vizinho é sempre melhor.


Ultimamente eu tenho a impressão de que tudo que acontece de bom é sempre na casa do vizinho e eu fico sempre com os restos, pelo menos é assim que eu me sinto em relação as coisas que estão acontecendo na minha vida. Você deve pensar que isso é inveja, mas não tem nada haver, nem sentimento de revolta é, eu apenas me sinto sem graça, sem sal, sem gosto, nenhum tempero, nada que esquente, que queime, me satisfaça, simplesmente nada.

Sabe aquela época que as coisas saem do controle e por mais que você tente resolver, um problema sempre acaba sendo maior que o outro, sei lá talvez não seja maior, talvez eu apenas esteja os tranformando em problemas. Desde pequena eu tenho costume de passar pelas ruas olhando casa por casa tentando imaginar o que se passa dentro de cada uma, eu adoro olhar a vida das pessoas que eu gosto e perceber quanta coisa boa tá acontecendo, quantas novidades elas tem pra mostrar, pra contar, quantas experiências, quantos lugares diferentes conheceram, afinal quando você olha de fora tudo é tão simples, tudo é tão mais bonito e mais engraçado. Acho que é por isso que eu ando me sentindo assim, nada de diferente acontece, eu não tenho novidades pra contar, não conheço gente nova, lugares novos, é a mesma coisa todos os dias e quando eu decido fazer um dia difente, sempre tem uma pessoa ou um vizinho que joga tudo pelo ralo.

Sabe é fácil pro vizinho dizer que o jeito pra resolver tudo isso é resolvendo, claro a do vizinho é sempre melhor, acho que eu to ficando paranóica com essa história de vizinho, mas falando sério, é muito fácil alguém de fora dizer que você tem que tomar uma atitude, uma decisão, porque pra ela simplesmente é fácil, ela não vai sair prejudicada com as suas decisões, porque na boa quem vai tomar no c. é você, eu sei que é muito fácil eu ficar aqui dizendo que a do vizinho é sempre melhor sem saber o que realmente acontece com ele, porque cá pra nós, esses vizinhos são cheios de esconder a tristeza, a magoa, os problemas, são tão artificiais, como se fossem os únicos seres humanos a ter uma vida simplesmente feliz!
Sei lá, cansei de tentar achar solução, eu sempre vou achar que é melhor e ponto.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Ela tá vindo pra cá hoje!


Hoje é sexta - feira, tá uma zona aqui no escritório. Trabalhar não é fácil, escutar um reclamando daqui, outro cobrando dali, você ficando totalmente louca e tendo que se mexer para virar dez pessoas e fazer dez coisas ao mesmo tempo. O fóda é que você nunca consegue virar dez, fica sempre em uma e sempre toma no cú! Mas hoje eu to feliz, ela tá vindo pra cá, aquela que não tem medo de dar cabeçada, aquela que é mais intensa que eu nas suas decisões, aquela que se apaixonou e foi morar em outro estado, aquela que encontrou um amor que virou a vida dela de pernas pro ar. É, minha amiga, minha companheira, minha irmã tá chegando hoje, tá vindo pra cá pra gente lembrar o que é amizade, pra gente rir, conversar, chorar de saudades. Sabe você é mais do que a confirmação que amizades verdadeiras sempre voltam, não porque voce tá em Santa Catarina, mas porque depois de 6 anos a gente pôde recomeçar e perceber que elos verdadeiros são dificeis de se destruir.

A gente já fez, já falou, já causou tanta merda, você , eu e essas 2 loucas queridas que sempre estão com a gente.

Domingo a gente se vê ;)

terça-feira, 24 de março de 2009

O que não volta mais.

Às vezes eu me sinto tão perdida num mundo que percebo que desconheço a cada dia. São pedaços de mim que procuram respostas do que não volta mais. O primeiro dia de aula, o primeiro beijo, a primeira transa, o primeiro amor, o segundo amor e todos os primeiros que um dia achei ser amor. É tão estranho crescer e perceber que a 4 anos era tudo tão diferente e que você não tinha a minima noção de que tudo mudaria. Tá bom noção você tinha, mas como pode tudo acontecer tão rápido? Tá legal, não foi tudo tão rápido, tive 1.460 dias pra me acostumar, mas mesmo assim passou e eu não vi. E hoje eu to aqui sentindo saudades dos dias que eu ficava em casa sem fazer nada, as tardes que eu ficava com as minhas amigas e dançava, cantava, falava merda, bebia e reclamava que a vida tava uma bosta. Das tardes que eu ficava na sua casa, a gente se agarrando no sofá ou quando a gente ficava nas escadas do 8°andar, quando você tocava violão no parque ao entardecer e a cada despedida doía o peito. Sinto saudades da época que era mais fácil rir, correr, sentir, fugir, chorar, gritar. Se eu pudesse voltar no tempo e ter alguns dias a mais daquela época teria aproveitado mais, curtido mais, brincado mais, beijado mais, fudido mais, porque agora mesmo que nem tudo tenha mudado uma coisa sim mudou, chegou a tal da responsabilidade.

O Beijo.

Ele se aproxima, me toca suavemente, com calma, sem pressa, com a malicia prestes a chegar. Seus lábios nos meus, seu corpo encosta em meus seios, desejo, estremece o meu corpo, arrepia minha alma. Sinto o gosto quente, a saliva doce, tesão, vontade de não largar, vontade de o tempo parar. Quanto tempo esperei por ele, pensei que tivesse sumido, o beijo tão esperado voltou, o beijo que me fazia perder noites de sono, dias de angústia se acabaram. Você está aqui de novo.

terça-feira, 17 de março de 2009

Nunca serei meio termo!

É TUDO OU NADA!

Os riscos de ser borboleta.


Duas lagartas teceram cada uma seu casulo. Naquele ambiente protegido, foram transformadas em belíssimas borboletas. Quando estavam prestes a sair e voar livremente, vieram as ponderações. Uma borboleta, sentido-se frágil, pensou consigo: ”A vida lá fora tem muitos perigos. Poderei ser despedaçada e comida por um pássaro. E mesmo se um predador não me atacar, poderei sofrer com as tempestades. Um raio poderá me atingir. As chuvas poderão colabar minhas asas, levando-me a tombar no chão. Além disso, a primavera está acabando, e se faltar o néctar? Quem irá me socorrer?”. Os riscos de fato eram muitos, e a pequena borboleta tinha suas razões. Amedrontada, resolveu não partir. Ficou no seu protegido casulo, mas como não tinha como sobreviver, morreu de um modo triste, desnutrida, desidratada e, pior ainda, enclausurada pelo mundo que tecera. A outra borboleta também ficou apreensiva; tinha medo do mundo lá fora, sabia que muitas borboletas não duravam um dia fora do casulo, mas amou a liberdade mais dos que os acidentes que viriam. E assim, partiu. Voou em direção a todos os perigos. Preferiu ser uma caminhante em busca da única coisa que determinava a sua essência.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Dependedente de sonhos.

Os sonhos são como vento, você os sente, mas não sabe de onde eles vieram e nem para onde vão,eles nascem como flores nos terrenos da inteligência e crescem nos vales secretos da mente humana, um lugar que poucos exploram e compreendem. Um dia uma criança chegou diante de um pensador e perguntou-lhe: "Que tamanho tem o universo?" Acariciando a cabeça da criança,
ele olhou para o infinito e respondeu: "O universo tem o tamanho do seu mundo." Perturbada, ela novamente indagou: "Que tamanho tem o meu mundo?" O pensador respondeu: "Tem o tamanho dos seus sonhos."Se os seus sonhos são pequenos, sua visão será pequena, suas metas
serão limitadas, seus alvos serão diminutos, sua estrada será estreita, sua capacidade de suportar as tormentas será frágil. Desejos não resistem às dificuldades da vida, sonhos são projetos de vida, sobrevivem ao caos. Precisamos resolver nossos monstros secretos, nossas feridas clandestinas, nossa insanidade oculta.Não podemos nunca esquecer que os sonhos, a motivação, o desejo de ser livre nos ajudam a superar esses monstros, vencê-los e utilizá-los como servos da nossa inteligência. Não tenha medo da dor, tenha medo de não enfrentá-la, criticá-la, usá-la. Quem tem medo pode alimentar grandes sonhos, mas eles serão enterrados nos solos da sua timidez e nos destroços das suas preocupações.

Augusto Cury



sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Limpando os restos.



São os restos de mim existentes em você que me faz seguir em frente.
São os restos de esperança, de ilusão, de amor que me faz querer continuar ao seu lado porque por mais que sejam restos são partes de mim em você e enquanto meu eu não se livrar dos restos de você eu estarei aí, mesmo que seja só por restos.
Mas eu to cansando de ser apenas um resto, eu queria ser seu tudo, queria completar todo o espaço que existe em você e não só tapar aquele buraco feio e nojento como todo resto faz.

O que faz um vendedor de sonhos?

Procura vender coragem para os inseguros, ousadia para os fóbicos, alegria para os que perderam o encanto pela vida, sensatez para os incautos, críticas para os pensadores e para os que pensam em pôr um ponto final na vida, procura vender uma vírgula, apenas uma vírgula. Uma pequena vírgula, para que eles continuem a escrever sua história.

Livro O Vendedor de Sonhos - Augusto Cury

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Crônica de Amor.


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem noódio vocês combinam. Então?Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem amenor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você amaeste cara?Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucurapor computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Arnaldo Jabor

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Eu acredito.

Eu acredito que a gente pode mudar o mundo quando escolhemos o modo que queremos encará-lo. A gente pode ser o que quiser, ter o que quiser se nunca esquecermos de correr atrás daquilo que acreditamos.
Estou ansiosa por algo que nem é meu mas que eu ajudei para que desse certo e o que me deixa cheia de alegria é que eu pude contribuir para trazer esperança para alguém. A vida nos reserva surpresas e por isso é tão importante não perder a fé.
Essa é só mais uma batalha, a guerra está por vir pode ter certeza. Nada séra fácil, pedras e pessoas vão aparecer para te derrubar, mas eu estarei aqui para te dizer siga em frente, LUTE! Muita coisa irá mudar pra você, pra mim, sinceramente eu tenho medo do que pode acontecer, mas é preciso correr riscos, é preciso crescer, é preciso amadurecer e evoluir. PARABÉNS.