terça-feira, 24 de março de 2009

O que não volta mais.

Às vezes eu me sinto tão perdida num mundo que percebo que desconheço a cada dia. São pedaços de mim que procuram respostas do que não volta mais. O primeiro dia de aula, o primeiro beijo, a primeira transa, o primeiro amor, o segundo amor e todos os primeiros que um dia achei ser amor. É tão estranho crescer e perceber que a 4 anos era tudo tão diferente e que você não tinha a minima noção de que tudo mudaria. Tá bom noção você tinha, mas como pode tudo acontecer tão rápido? Tá legal, não foi tudo tão rápido, tive 1.460 dias pra me acostumar, mas mesmo assim passou e eu não vi. E hoje eu to aqui sentindo saudades dos dias que eu ficava em casa sem fazer nada, as tardes que eu ficava com as minhas amigas e dançava, cantava, falava merda, bebia e reclamava que a vida tava uma bosta. Das tardes que eu ficava na sua casa, a gente se agarrando no sofá ou quando a gente ficava nas escadas do 8°andar, quando você tocava violão no parque ao entardecer e a cada despedida doía o peito. Sinto saudades da época que era mais fácil rir, correr, sentir, fugir, chorar, gritar. Se eu pudesse voltar no tempo e ter alguns dias a mais daquela época teria aproveitado mais, curtido mais, brincado mais, beijado mais, fudido mais, porque agora mesmo que nem tudo tenha mudado uma coisa sim mudou, chegou a tal da responsabilidade.

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