sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Tempos aqueles.

Que saudades da época que éramos um.
Éramos loucos, éramos jovens , éramos todos, éramos tolos.
Que saudades da época em que andar de carro era uma aventura, escutar the doors uma alucinação, fumar um baseado era pra fugir da opressão e beber era para dar risada desse mundo hipócrita.
Tocar um violão para excitar e fazer amor a noite inteira.
Tudo era tão intenso, todos os amigos, todos os sentimentos, tudo era vivo, pulsava forte, era feito sangue que escorre pelas veias, era uma alergia espalhada nos corações de pessoas que só queriam viver!
E hoje é tudo assim, tão distante, tão frio, o cheiro sumiu, a música acabou, não são mais os mesmos...
Os amigos? Que amigos? O amor? Que amor?
Que saudades de não saber quem realmente eu era e que a loucura estava presente no meu corpo, no meu sangue, na minha minha mente, era o que me fazia viver.
Hoje sou simplesmente eu, eu...E quem sou eu?
E que graça tem a vida? Se nada é mais intenso? Se pra tudo tem uma escolha , uma consequência, agora só há medo, tudo nojento.
E que saudades de ser alguém, porque eu era alguém naquela época ou pelo menos eu era alguém feliz.

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